segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Crítica: Premonição 4


Premonição - 4
Premonição 4 – O Destino Final
um filme cujo fim pode ser um recomeço

O Ministério da Cultura e Diversão adverte: Assistir a corrida de carros em autódromo pode ser fatal; Ir ao cinema em shopping pode ser duplamente fatal. Para quem adora as previsíveis cenas “meticulosamente” preparadas para matar, com gratuitos requintes de crueldade, todos aqueles que (por um descuido) a Morte deixou escapar no seu último e trágico ataque coletivo, chegou Premoniarmação, digo Premonição 4 (The Final Destination, EUA, 2009), de David R. Ellis. Para quem sempre quis participar mais ativamente da matança, a “diversão” agora é em 3D.

Vi o primeiro filme (que não imaginei que fosse tão longe) e até gostei. Vi o segundo (na TV), dirigido também por Ellis, e achei muito ruim. O terceiro nem tomei conhecimento. Vi este quarto de horrores que, pelo que tudo indica, recomeça a série agora em 3 D (vai virar moda recomeçar séries, de franquias de sucesso, em 3D)... e nem sei o que dizer. Bom, quem gosta de violência forjada, com “ousadias” sadomasoquistas juvenis, pode ter uma grande surpresa. O filme é ruim (muito ruim mesmo), mas não ao ponto de se tornar um cult trash (apesar de ter elementos e diretor de sobra pra isso)..., se bem que nunca se sabe.

Premoniarmação, digo Premonição 4 é um filme de terror (?), suspense (?), humor (?), que involuntariamente provoca mais risos que sustos. Este começa e... (não posso contar o final) com uma batida de carros durante uma corrida, num autódromo onde Nick (Bobby Campo) se encontra com três amigos. Nove pessoas se salvam da catástrofe, por conta de uma (de novo?!) briga por causa do mal entendido sobre a premonição. A partir daí é açougue pra que te quero. A idiotia é tanta que é difícil não rir do preparo e realização das cenas de morte de cada personagem canastrão condenado, já que o Destino tirou férias. É claro que não é um filme de sustos, já que se sabe de antemão o que vai acontecer com um personagem. Então, resta aguardar alguns minutos pra ver e “se divertir” com a cena “violenta” completa. Assim como em outras franquias do gênero, ninguém morre de forma natural. As pessoas crédulas no Destino e, quem sabe, no seu Deus, são sempre martirizadas.

Premoniarmação, digo Premonição 4, que além de tudo é dublado (3D tem disso, é uma boa desculpa pra não legendar!), tem um roteiro medíocre, diálogos estúpidos e uma turma de jovens “atores” que parece não ter a menor idéia do que está fazendo ali. Desculpa, tem, sim, esperando a Morte pegar e despedaçar cada um deles. Bom, pra não dizer que todas as mortais encenações são desastrosas, tem uma que merece algum destaque, por (tentar) enganar o espectador, que espera a morte de Samantha Lane (Krista Allen) de um jeito e ela acontece de outro. Um cinéfilo mais esperto vai matar (ôps!) a charada antes da hora. Mas tudo bem. Ah, pra quem não entendeu, 3D quer dizer que tem vísceras, membros, objetos mortais, sangue e muito lixo jogados em cima da platéia. É isso! Quando se vê produções tão abaixo da crítica, como esta, é que se valoriza as idéias simples e muito melhor realizadas (e que, comparando, saiu praticamente a custo zero), como a sensação de 2009, o perturbador Atividade Paranormal (Paranormal Activity, EUA, 2009), de Oren Peli.

A promessa do produtor Graig Perry é a de encerrar a franquia (mas nem ele tem certeza) com este The Final Destination (O Destino Final), já que os outros eram conhecidos apenas por Final Destination (Destino Final) e um número sequência. Bem o suspense da continuidade está, agora, por conta do título original do filme, que no Brasil é conhecido por Premonição e, claro, da bilheteria e do interesse dos fãs. Acredite se quiser.

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