quarta-feira, 18 de maio de 2011

Crítica: Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas


Dizem que em franquia que dá lucro não se mexe, mas se algo, realmente novo, não for feito com Piratas do Caribe, esta segunda trilogia pode ir por água abaixo. 

Em Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas, o Capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) continua malandro, mau caráter incorrigível, sempre querendo levar vantagem em tudo (ou será que não?), no final o espectador decide. Com roteiro de Ted Elliott e Terry Rossio, esta produção, dirigida por Rob Marshall (que, por enquanto, merece ser lembrado pelo espetacular musical Chicago), narra as peripécias e artimanhas do quase intrépido Jack Sparrow para chegar à Fonte da Juventude, cujo caminho ele descobriu no final de Piratas 3. Como o segredo descoberto em alto mar é carregado por ondas nada amistosas e pescado em águas espanholas e inglesas, o dissimulado pirata vai fazer de tudo para chegar primeiro ou, ao menos, tomar posse do lugar antes que os seus concorrentes lancem mão. Na falta do Pérola Negra, ele acaba se envolvendo com a ardilosa pirata Angélica (Penélope Cruz) e entrando de gaiato no Vingança da Rainha Ana, fazendo uma viagem que não será (nem um pouco) facilitada pelo lendário inescrupuloso e sanguinário Barba Negra (Ian McShane), que é perseguido pelo vingativo Capitão Hector Barbossa (Geoffrey Rush). 



Apesar de ser o mais fraco da franquia, Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas (Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides, EUA, 2011) é um simpático filme de ação e aventura com pitadas de romance às avessas. As tradicionais piadas pastelão, malabarismos, correria, engarrafamento de carruagens, explosões, pancadaria, lutas de espada e tiros de garrucha (é claro!), até divertem, mas não empolgam. Não têm mais o gostinho de novidade. As bizarrices desapareceram e, excetuando algumas belas e mortais sereias, a navegação por águas misteriosas, com um motim aqui, uma desavença acolá, é até tranquila. Os fãs, com certeza, vão sentir falta dos espetaculares efeitos especiais (corte de despesas), dos monstrengos “trash” e das “gags” contínuas. Mas, novamente, vão se defrontar com uma avalanche de personagens e histórias que servem mais para confundir do que para explicar. Ou melhor, para encher linguiça, como a da tola “participação” dos espanhóis na busca da Fonte da Juventude. 



A mudança do diretor Gore Verbinski (que deu uma cara ágil à série) por Rob Marshall mudou também o ritmo narrativo. Agora ele é um pouco mais lento e mais dramático. A impressão é a de que os piratas estão velhos demais para novas trapaças e garruchas fumegantes. O filme continua com ótima produção técnica e excelentes performances do elenco. Tem alguns momentos (na primeira parte) engraçados, porém, parece faltar algo neste novo tempero. É uma típica (porém longa) sessão pipoca que se estende para mais de duas horas. Portanto, quem gosta de bebericar um refrigerante que se cuide, é muita água rolando, caindo, subindo..., para se aguentar sentado por tanto tempo. Ah, e quanto ao 3D, seja esperto, não caia nesse conto do vigário (ou seria do pirata?).

4 comentários:

  1. A divulgação do filme não me cativou em nenhum momento após o primeiro trailer. Esperava mais, mesmo assim.

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  2. É, este novo Piratas, se continuar neste ritmo, pode encalhar nas praias do Caribe ou do Hawai.
    É simpático, mas parece que não está conseguindo boiar no mar dos fãs.

    Abs.

    T+
    Joba

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  3. Eu já nem gostei da terceira parte, mas resolvi dar uma chance a quarta parte. O filme diverte um pouco, mas é bem inferior aos anteriores. Embora que o público que lotou o cinema parecia adorar

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  4. Olá, Antunes.

    A primeira parte até engana, com um bom ritmo.
    Mas quando caem na água...
    Os fãs (no caso do público)são capazes de
    relevar muitas coisas.
    São até capazes de jurar que o filme
    realmente é feito em 3D.

    Abs.

    T+
    Joba

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