quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Crítica: Quero Matar Meu Chefe


Quero Matar Meu Chefe é o “sugestivo” título da “comédia” americana que tem tudo para repetir o sucesso de Se Beber Não Case. Apostando na escatologia e na já tradicional linguagem chula, o filme repete a fórmula clichê até no trio de personagens protagonistas e seus pares. Ou seja, tem o bonitão metido a galinho garanhão que, se for preso, espera ser mais estuprado que o certinho simpático metido a esperto, que tem o voto do romântico esquisito metido a fiel vingador de honras, que parece não fazer questão nenhuma desse prazer carcerário. Ah, o animal da vez é um gato!

Em meio a altas doses de droga, sexo e idiotice generalizada, Quero Matar Meu Chefe (Horrible Bosses, EUA, 2011), dirigido por Seth Gordon, narra as desventuras de três trintões com baixa autoestima: Nick Hendricks (Jason Bateman), Dale Arbus (Charlie Day) e Kurt Buckman (Jason Sudeikis), por conta do estresse provocado pelos seus patrões carrascos: Dave Harken (Kevin Spacey), Dra. Julia Harris (Jennifer Aniston) e Bobby Pellit (Colin Farrel).  Ou seja, Nick (Bateman), eterno candidato à gerência, trabalha 12 horas por dia e vive sendo espinafrado e enganado pelo chefe ditador Dave (Spacey), que tem outros planos para o funcionário e para ele próprio. Dale (Day) é o assistente da depravada Dra. Julia (Aniston), uma “dentista” que o assedia sexualmente, enquanto atende aos pacientes dopados. Kurt é o contador da empresa do corrupto Bobby (Farrel, irreconhecível), um sujeito desprezível e capaz de cheirar até as cinzas do pai, se tivesse sido cremado. Com a vida profissional emperrada eles decidem matar os três patrões. Entretanto, como assistem ao seriado Lei e Ordem e “aprenderam” as manhas para desvendar os crimes televisivos, saem em busca de um assassino profissional que faça o serviço (por eles) sem deixar vestígios. Simples assim!

Com muitas citações literais de filmes parecidos (no gênero e na intenção), para parecer inteligente, antenado, o “roteiro” de Michael Markowitz, faz mesmo é a gente sentir saudade do bom e muito mais divertido Como Eliminar seu Chefe (Nine to Five, EUA, 1980), de Colin Higgins (1941-1988), com Jane Fonda, Lily Tomlin, Dolly Parton e Dabney Coleman, que não é citado nessa comédia que pretende ser de erros, mas carece de graça e um mínimo de inteligência. Porém, mesmo com personagens caricatos e sem qualquer carisma, história medíocre e humor de banheiro público, o espectador que ri de qualquer piada suja vai se esbaldar do começo ao fim. Não fosse isso, SBNC 1 e 2 e a pornochanchada brasileira Cilada.com não fariam tanto sucesso.

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