quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Crítica: Os Muppets



Candidato a uma das melhores comédias do ano, Os Muppets retornam aos cinemas literalmente em alto estilo, já que Miss Piggy, Caco, o Sapo (ou Kermit) e Walter, foram vestidos por grifes famosas. Mais ousados, dramáticos, cômicos e malucos do que nunca, estes famosos e adoráveis bonecos do mundo animado, criados pelo genial Jim Henson (1936 - 1990) fazem o espectador confundir as lágrimas do riso e da emoção. Vale muito cada um delas.

Esta sétima adaptação de Os Muppets (The Muppets, EUA, 2011), dirigida por James Bobin, baseada no roteiro de Jason Segel e Nicholas Stoller, traz um história muito bacana sobre a vida dos artistas de show de variedades, depois da fama. Ou melhor, sobre os bastidores da fama, quando cai o pano, o público deixa o teatro, e a mídia some. O que fazer quando não se é mais uma celebridade? Os Muppets parecem ter a resposta, mesmo que, a princípio, ela não faça muito sentido.


Tudo começa na adocicada Smalltown, EUA, um lugarejo onde os alegres moradores cantam felizes. É dali que o amigável e distraído Gary (Jason Segel) e a sua namorada Mary (Amy Adams) saem para passar as férias em Los Angeles, levando junto o pequeno grande Walter (fã número um dos Muppets e irmão de Gary), que acaba descobrindo uma armação do megaempresário Tex Richman (Chris Cooper) e dos rabugentos Statler e Waldorf, relacionada à posse do velho Teatro Muppet. Para evitar o pior, os três se juntam a Caco, na tentativa de conseguir reunir toda a trupe dos Muppets, montar um Programa Teleton, arrecadar US$ 10 milhões e recuperar a casa de espetáculos. Em se tratando de bonecos sonhadores e temperamentais, a busca aos antigos colegas de palco, o resgate dos talentos perdidos, não será nada fácil, mas será hilária.


Com uma ótima história repleta de confusões, deliciosos números musicais e excelentes canções, Os Muppets é um filme lúdico, mágico, bem humorado, que mata a saudade dos fãs e diverte até quem nunca ouviu falar dos bonecos mais adoráveis da televisão, cinema e (agora) internet. Em poucos minutos ele conquista todo e qualquer espectador. As piadas vão do nonsense ao surreal, sem esquecer a acidez dos oportunistas inoportunos e sempre rabugentos Statler (Nós não queríamos estar no filme, mas achamos que era nosso dever.) e Waldorf (É, alguém precisava alertar ao público sobre o que vão assistir. O mínimo que as pessoas podem fazer é compartilhar nosso sofrimento.) com suas tiradas sarcásticas sobre o espetáculo e principalmente sobre o elenco, se divertindo com o próprio desgosto cultural. Ele brinca com as mídias, as celebridades e os negócios artísticos, mas também fala sério, ao destacar a importância de cada integrante numa montagem teatral.


Como já é tradição em produções anteriores (desde a sua criação) Os Muppets traz, em situações inusitadas, astros como David Grohl, vocalista do Foo Figthers, tocando com Urso Fozzie na trash band Os Moopets, Jack Black, como parceiro de Animal, numa clínica de tratamento de gerenciamento de raiva, e Jim Parsons, num dueto (ou seria quarteto?) da bonita canção “Man or Muppet”, de Bret Mckenzie, com Gary/Muppet e Walter. Tem ainda, Whoopi Goldberg, Zach Galifianakis, Emily Blunt, entre outros, em rápidas aparições. No entanto, celebridades coadjuvantes à parte, as grandes estrelas são mesmos os irônicos bonecos que, livres das “amarras”, roubam as cenas, até dos outros bonecos, como a impagável Miss Piggy, na pele de uma impagável e elegantérrima editora de moda extragrande da Vogue Paris, ou o simpático Walter, arrasando (também) no final encantador. É ver para crer!



Os Muppets, infelizmente, não apresenta divertidos erros de filmagem, junto com os créditos finais, mas, em contrapartida abre a sessão com o engraçadíssimo curta Um Pequeno Grande Erro (Small Fry), do Toy Story, mostrando como os brinquedos enfrentam seus traumas, em uma Terapia de Grupo para Bonecos Abandonados em Parque de Diversão. Portanto, não chegue atrasado.

5 comentários:

  1. Olá, Paulo Roberto.
    Se é fã, com certeza, vai gostar muito.

    Abs.

    T+

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  2. assisti esse filme e foi bacana mas pena q nao tem erro de filmagem engraçado no final

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    Respostas
    1. ..., olá, Normani..., pois é, não "erro de filmagem"..., mas, pensando, talvez não façam tanta falta.

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