quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Crítica: TED



O show de buzinas, digo, o show business norte-americano está constantemente coroando o seu número um nisso ou naquilo. A cada estação tem sempre umas quatro geniais promessas e ou quatro geniais consagrações. No momento, um que está na moda é Seth MacFarlane, aquele que faz um arremedo de Os Simpsons, com a suas babas Family Guy, American Dad!, The Cleveland Show..., e, claro, por causa deste enTEDdiante longa-metragem do ursinho drogado e tarado (ou seria tarado e drogado?).

TED é uma “comédia” de “costumes” que gira-gira em torno do gira John Bennett (Bretton Manley), que, aos 8 anos e sem um amigo sequer, ganhou um ursinho de pelúcia e fez um pedido ao Espírito de Natal. Porém, como o Espírito estava ocupado com coisas mais importantes, uma (sa)Fada Natalina, menos recatada do que a Fada Estrelinha, que deu vida a Pinóquio, resolveu atender ao Johnzinho e animou o ursinho Ted para ser o seu melhor amiguinho. Que fofinho! Assim “nasce” o falastrão Ted, que “cresce” ao lado de John e não o abandona nem mesmo quando este se parece fisicamente com um norte-americano adulto (Mark Wahlberg). Bom, o John também não abandona o seu “amigo urso” e as constantes “festinhas” regadas a muita droga, álcool e sexo, nem pelo amor da sua tonga namorada Lori Collins (Mila Kunis). Que TEDio!


Ted é um vagal que não perdeu a popularidade depois da fama. John é um paspalho que não decide se fica com o amado urso ou com mulher amada. O amigo urso é fofo (que fofo!) e parceiro nas drogas. A amiga mulher é sonsa e acho que faz sexo de vez em quando. O que o carente, o dependente, o inocente protagonista humano deve fazer? O imbecil norte-americano John deve continuar brincando de cavernina com seu ursinho taradinho e ou começar a brincar de casinha com a mulher romântica? Ó dúvida cruel! Ó clichêteria dos infernos travada no Complexo de Peter Pan!

TED (Ted, Eua, 2012), dirigido por Seth MacFarlane, é uma “comédia” infantilóide para adultos. Não fosse o uso e abuso do clichê da moda no “cinema” americano: linguagem chula, escatologia, droga, simulação sexual..., passaria por uma “comediazinha” infantilóide para crianças descerebrada. O roteiro é raso (além de nada original) e as “piadas” sem graça. Minto, tem uma (ôba!), a presença de Sam J. Jones, o Flash Gordon de 1980. Mas não engraçada o suficiente para dar fim ao marasmo dessa tolice previsível que perde uma chance de ouro de redenção no final.


TED é um falso transgressor, um filme politicamente incorreto de fachada. Do começo off ao final off o que se vê é a mesma ladainha moralista e conservadora estadunidense (?), transbordando as mesmas mensagens edificantes das recentes “comédias” de sucesso das terras do tiTio Sam. O tema pode até parecer nonsense, mas o resultado é pífio. Enfim, uma “comédia” TEDiosa e na medida para os fãs do diretor “humorista” ou para quem ri de qualquer coisa. 

Nota Final: Ted é meio que um plágio da versão americana da série australiana Wilfred (2011), com Elijah Wood, o panaca Ryan, e Jason Gann, o cão Wilfred, da vizinha Jenna (Fiona Gubelmann).

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