quinta-feira, 11 de junho de 2015

Crítica: Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros


Feito uma Fênix (ou seria um Pterodáctilo?) eis que, das cinzas do Jurassic Park, surge o Jurassic World, um parque interativo com dinossauros hiperativos que promete levar os seus visitantes a uma viagem muito além da imaginação! Isso é, desde que os viajantes não encontrem pelo caminho um dino veloz e furioso!

Há 22 anos o Jurassic Park - Parque dos Dinossauros (1993), de Steven Spielberg, encantou o mundo e abriu um leque de especulações, que dura até hoje, sobre os avanços da ciência na recriação e ou clonagem (via DNA) destes curiosos animais extintos há 65 milhões de anos. Enquanto a ficção (?) não se torna realidade, Hollywood continua dando pano pra manga (e bolso). Lustrando o velho âmbar de Michael Crichton, o produtor Spielberg, atento ao desejo dos fãssauros, por mais uma (?) viagem à Isla Nublar, convocou o diretor Colin Trevorrow para desvelar ao grande público o que ocorreu na ilha após os trágicos eventos de vinte anos atrás. Trevorrow, por sua vez, se juntou aos roteiristas Rick Jaffa, Amanda Silver e Derek Connolly para contar melhor essa história. Será que quatro cabeças pensam melhor que uma? Hmn! Sei não!


Para quem é passageiro de quarta viagem, já deve estar ciente de que a Isla Nublar, na Costa Rica, agora abriga o Jurassic World, um luxuoso parque temático internacional, patrocinado pelo bilionário Simon Masrani (Irrfan Khan), que deleita seus ricos visitantes com as maravilhas do reino animal pré-histórico, criadas e manipuladas geneticamente pelo Dr. Henry Wu (BD Wong), que já trabalhou para a InGen, do Dr. John Hammond, responsável pelo primeiro Park dos Dinossauros. Ali a garotada pode cavalgar, acompanhar a rotina e até mesmo de deliciar com o apetite voraz das feras. A grande novidade da temporada, para um público que quer sentir medo, mas em segurança, é o gigantesco Indominus Rex, um espécime híbrido, desenvolvido em laboratório por Wu, que se nega a informar o seu potencial..., mesmo quando o dinossauro coloca em risco a vida dos turistas e funcionários do parque.


E por falar em turistas azarados, Zach (Nick Robinson) e Gray (Ty Simpkins), os desgarrados sobrinhos da executiva workaholic Claire (Bryce Dallas Howard), durante um passeio seguro saem da trilha e... Para resgatar os garotos Claire só pode contar com a ajuda do simpático Owen (Chris Pratt), o treinador de Velociraptor que discorda da filosofia da empresa e anda em pé de guerra com o militarista Hoskins (Vincent D’Onofrio), que tem planos sinistros para os animais domados. Se bem que...  


Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros (Jurassic World, 2015) segue a cartilha caixa registradora: em franquia que está ganhando não se mexe. Assim, ainda que as ótimas sequências de ação e aventura sejam divertidas (e praticamente sem sangue!), infelizmente o roteiro tem cara de já visto: dois irmãos em perigo; um gigantesco dinossauro furioso barbarizando tudo que encontra pela frente; um sujeito gente boa salvando o dia; um vilão em apuros; um cientista mau-caráter..., e outros clichês tradicionais do gênero e bem ao gosto spielberguiano. 


Tudo bem (?) que um filme desse porte segue um padrão (clichê) e o grande público não está nem aí pro “enredo”, já que sabe de antemão o que irá acontecer e acaba se contentando apenas (?) com o “onde” e o “como” será o desfecho. Todavia o quarteto (!) de roteiristas bem que podia ter caprichado mais na trama (rasa) que faz várias referências (e um furo brabo!) ao Jurassic Park de 1993 e também presta homenagem espirituosa ao Tubarão (1975) suplantado pelos dinossauros.


Uma vez que o desenvolvimento dos personagens humanos é um (des)caso perdido, cabe a alguns achados em sequências de ação, envolvendo Owen (Pratt) e os dinossauros ou só aos dinos praticamente salvar o espetáculo em irretocável CGI. Quanto a apoteótica luta final, que lembra a de um certo lagartão asiático que recentemente frequentou as salas de cinema, acho que é coisa de família...


Enfim, considerando que Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros é um filme-pipoca, cuja trama oferece mais do mesmo (gente gritando e gente correndo e gente virando petisco de dinossauro); que o ótimo elenco, com destaque para Chris Pratt, faz o que pode para dar alguma “credibilidade” a um roteiro chinfrim; que a onipresente trilha sonora é insuportável e o humor leve ou tolo nem sempre funciona neste filme-família (em crise!)..., ainda assim achei o show divertido e na maioria das vezes torci pelos dinossauros.

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