quarta-feira, 15 de julho de 2015

Crítica: Homem-Formiga


Em 2014, uma das grandes (se não a maior!) surpresas no cinema foi a chegada dos “desconhecidos” e divertidos Guardiões da Galáxia. Seguindo as pegadas da trupe maluca chega agora o pequeno e também (?) quase “desconhecido” Homem-Formiga, querendo provar que também pode ser grande nas bilheterias. Bem, ao menos não lhe falta carisma e uma história nonsense para agradar e encantar adultos, adolescentes e crianças.


Homem-Formiga (Ant-Man, 2015), com direção de Peyton Reed e roteiro de Edgar Wright, Joe Cornish, Adam McKay e Paul Rudd, é um sci-fi de aventura e ação e fantasia baseado no personagem homônimo criado por Stan Lee, Jack Kirby e Larry Lieber. Nunca é demais lembrar que, desde que surgiu em 1962, nas páginas da revista Tales to Astonish - n° 27, assim como outros heróis marvelianos, o Homem-Formiga também teve a sua vida revista e reescrita. Portanto, nada de ficar cutucando o formigueiro com vara curta: hq é hq e cinema é cinema..., ainda que tenham muita coisa em comum, e não estou falando de storyboard. Também porque, por mais que se mude a persona, sempre fica um pouco (para reconhecimento) do super-herói antes da plástica.


Homem-Formiga, o filme, crava as suas garras em Scott Lang (Paul Rudd, esbanjando o mesmo carisma que Cris Pratt em Guardiões), um ladrão recém-liberto que, após um assalto, na tentativa de se redimir e conquistar o respeito da ex-mulher Maggie (Judy Greer) e o direito de visitar a filha Cassie (Abby Ryder Fortson), aceita vestir um super-traje para ajudar o dr. Hank Pym (Michael Douglas) e Hope Van Dyne (Evangeline Lilly) a manter as mãos do ambicioso empresário Darren Cross/Jaqueta Amarela (Corey Stoll) longe da poderosa invenção. Nessa tarefa, além da força de uma tropa de formigas, o herói (de ocasião) vai contar com a “perspicácia” de um trio, meio nerd e meio paspalhão, formado pelo latino ladino Luis (Michael Peña, roubando cenas), Dave (“T.I.” Harris) e Kurt (David Dastmalchian).


Homem-Formiga tem um roteiro despretensioso. O seu maior acerto é o de deixar de lado o melodrama presente nas HQs e optar pelo bom humor, fazendo crer que até mesmo quem tem fobia de formiga vai achar divertidas e inteligentes as sequências protagonizadas pelos insetos. As brincadeiras com a proporção das coisas, principalmente no “duelo” final, são hilárias. Se bem que se você não souber (?) quem é Thomas, provavelmente não vai achar graça no grande achado. As cenas de ação (meio pastelão) são limpas (leia: sem sangue) e, acredite se quiser, apesar do tiroteio e alguma pancadaria, excetuando dois pequenos ambientes, a cidade permanece inacreditavelmente intacta. Nem parece que um herói e um vilão passaram por ali. Será que a escala de destruição é comparável ao tamanho do herói? É ver pra crer.


Enfim, considerando o excelente elenco; a história simples, mas satisfatória no universo dos heróis (e suas fraquezas humanas); o 3D de profundidade e a excelência dos efeitos especiais; as gags espertas envolvendo outras personagens e instituições marvelianas; a falta (ufa!) de lição de moral e ou de jornada do herói..., é uma grande pedida para se ver descompromissadamente nas férias!

Ah, já ia me esquecendo, não fique questionando sobre a Vespa, o Ultron e muito menos sobre a criação dos Vingadores..., aguarde as explicações no decorrer da trama e as cenas entre créditos finais.

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